A educação bilíngue começa a se tornar mais e mais comum nos dias atuais. Você sabe o por quê disso?
Sabemos que o Brasil é um país constituído por uma grande diversidade cultural, mas também precisamos perceber que é um país marcado por sua grande diversidade linguística.
Não só por causa das línguas indígenas, mas também por conta de todas as outras culturas que se estabeleceram – e influenciaram – em diversos estados.
Partindo deste ponto, vemos que muitas escolas estão começando a oferecer um ensino bilíngue – algo que já existia antigamente, contudo, perdeu força por alguns anos até voltar a ter mais destaque.
Quem possui um avô ou uma avó já deve ter escutado alguma história deles sobre como estudavam latim ou francês na escola pública.
Hoje em dia, o latim tornou-se mais escasso nos ensinos das escolas e outras línguas tomaram o seu lugar, como, por exemplo, o inglês e o espanhol.
Contudo, antes de enviarmos nossos filhos à escola para um ensino tradicionalista, a educação já começa, de fato, em casa.
Educação bilíngue em casa?
De fato, a educação começa em casa. Afinal, a criança irá ter o seu primeiro contanto com a língua (ou línguas) e com as demais experiências dentro de casa.
E, provavelmente, esse primeiro contato acontece desde a barriga da mãe. O feto a partir de determinado mês (algo perto dos 4 meses), já tem um canal auditivo construído, portanto, já consegue escutar muita coisa.
De forma que o feto não se assusta mais com os barulhos que ouvia quando estava no ventre (barulhos mais comum como liquidificador, batedeira, a voz da mãe, a voz do pai e familiares, e etc).
Após o nascimento, a criança começará a ter ainda mais contato com as línguas faladas em casa. E conforme diversos estudos mostram, 70% da aquisição de uma língua é feita de forma passiva.
Ou seja, não é necessário impor de forma dura a primeira ou segunda língua falada na criança – você pode acabar assustando a criança. Além de boa parte da aquisição ser feita de forma passiva, a criança vai aprender através das experiências que vive.
Quando a criança começa a falar?
Um detalhe para se ter em mente é que a criança bilíngue, trilíngue ou poliglota demora mais a falar, mas quando começar a desenvolver a fala, essa criança falar tudo de uma vez – levando em conta, é claro, que não haja nenhum problema patológico com ela.
Portanto, não se deve comparar uma criança bilíngue com uma criança monolíngue, pois as crianças monolíngues começam a falar mais rápido.
Um medo de muitos é que ao ensinar a língua estrangeira para o filho, ele vá perder 100% da língua maternal. Sobre isso, contarei a minha própria experiência para vocês como franco-brasileira e a experiência que tive – e ainda tenho – com meu filho.
Como este blog é sobre a língua e cultura francesa, o áudio em que contarei tudo é 100% em francês. Também é um áudio mais antigo e muitas experiências já foram tidas, então se você gostar desse assunto, posso trazê-lo mais vezes.
Fale Francês Avec Elisa
Nesse áudio que está presente no meu podcast “Fale Francês Avec Elisa” (disponibilizado nas plataformas Spotify, Anchor, Apple e Deezer), você vai escutar a minha reflexão sobre o assunto 100% em francês e poderá deixar as suas opiniões aqui nos comentários deste artigo.
Espero que você tenha gostado do texto e que várias dúvidas e apontamentos tenham surgido em sua mente, afinal, quanto mais debatemos determinado assunto, mais o compreendemos.
Se você gosta de literatura francesa, saiba que faço diversos textos sobre livros legais e interessantes para a leitura. A minha última recomendação foi “Un appartement à Paris“ do autor Guillaume Mousso.
Agora, se você prefere ler sobre curiosidades francesas e francófonas, que tal descobrir um pouco mais sobre a Bélgica?
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