A verdade é que, A Família Bélier, é um daqueles filmes que você guarda no coração e assiste mais de uma vez. Extremamente conhecido desde o seu ano de lançamento, em 2014, o filme vem se tornando um dos queridinhos de vários admiradores da língua e cultura francesa.
Indicações de filmes: mês de setembro
As indicações de filmes do mês de setembro serão todos filmes franceses que abordam a surdez (surdité) e a cegueira (cécité). A escolha desses filmes ocorreu porque são filmes que nos ajudam a compreender um pouco mais sobre o universo de pessoas que são cegas (aveugles) e surdas (sourds), além de explorar a língua de sinais francesa.
A Família Bélier conta a história de Paula (Loaune Emera), a filha de dezesseis anos da família Bélier e a única ouvinte numa família de surdos. Por conta disso, seus pais GiGi (Karin Viard, de “O verão do Skylab”) e Rodolphe (François Damiens, de “Tango livre”), assim como o irmão Quentin (Luca Gelberg), usam Paula como a intérprete oficial da família.
A intérprete da família
Afinal, ela é a única que sabe falar a língua de sinais francesa – além de sua família. É ela quem resolve os problemas no banco, atende ao telefone e conversa com os clientes na feira. Paula até mesmo vai junto com seus pais em suas consultas médicas. Basicamente, ela é a ponte entre a família e comunidade onde moram.
Porém, como toda jovem de dezesseis anos, Paula tem suas próprias vontades que ficam de lado ao ter que ajudar a família o tempo inteiro. Uma de suas vontades é se aproximar do colega cantor Gabriel (Ilian Bergala) – já que, infelizmente, ele não repara nela normalmente.
Uma grande ideia
Dessa forma, Paula decide que a melhor maneira de se aproximar é participar do coral da escola em que ele faz parte. O que, na mente dela, não vai ser algo tão difícil. Afinal, ela poderia simplesmente ficar junto com o coro e cantar sem ser a estrela principal.
Tudo parece ir de acordo com os seus planos até o momento em que o maestro (Eric Elmosnino, de “Anos incríveis”) fica impressionado com a voz de Paula. E, para a surpresa dela, decide tornar-se o seu mentor. O maestro espera que ela tente uma carreira promissora de cantora em Paris. Para qualquer outra adolescente, a ideia de se tornar uma cantora em Paris seria um sonho. Mas não para Paula: como ela poderia deixar seus pais no interior e ir sozinha para Paris?
Eric Lartigau nos mostra um filme cômico e extremamente tocante ao adaptar a história ficcional escrita pela atriz e roteirista Victoria Bedos. Com grandes atores e uma excelente trilha sonora, A Família Bélier é um excelente filme para se assistir com a família, amigos e se emocionar.
Desafio Avec Elisa
Ao final de cada texto indicando um filme ou série francês/francófono, irei deixar um áudio da minha equipe de professores lendo uma frase famosa de algum filme. O filme pode ser brasileiro, francês, belga, americano, coreano e etc. Você precisa escutar a frase, tentar escrevê-la nos comentários e adivinhar de qual filme estamos falando.
Desafio de Hoje!
O primeiro desafio está no texto da minissérie francesa Le Chalet – que se você ainda não viu, precisa ver agora mesmo! Assim, para o dia de hoje, duas das minhas queridas professoras – Chloée e Laura – do meu curso “Programa de Francês Ativo” gravaram a mesma frase para você tentar adivinhar:
Passo 1
Escute a frase 3 vezes. Se for preciso, escute mais vezes para compreender os sons das palavras que são ditas.
Passo 2
Tente escrever o que foi dito, conforme você escutou e acha que deve ser escrito.
Passo 3
Escute a frase ao mesmo tempo que lê a frase como ela realmente é escrita (caso você não tenha acertado a forma de escrever. Se acertou, pode passar para o próximo passo). A frase é: C’est l’angoisse du temps qui passe qui nous fait tant parler du temps qu’il fait.
Passo 4
Tente falar, em voz alta, a frase. Repita ela algumas vezes para fixar os sons.
Após terminar todos esses passos, me conte aqui nos comentários o que achou da indicação de hoje – você já assistiu? – e desse pequeno desafio. Caso seja do agrado de todos, voltarei com mais textos assim.
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À la prochaine,
Elisa.